Oswaldo Eustáquio é jornalista diplomado, um dos repórteres investigativos mais premiados do estado do Paraná. Em 2007, abriu a noite dos Museus em Torres Vedras, Portugal, com a exposição fotográfica Beleza Ameaçada mostrando o cotidiano do povo guarani mby’á da Ilha da Cotinga. Em 2009, foi produtor do Documentário Quebrando o Silêncio que revelou ao mundo a prática do infanticídio em áreas indígenas do Brasil.

O filme recebeu o Prêmio Internacional Jovem da Paz em 2009. Em 2011, fez a principal reportagem de Direitos Humanos do país, quando descobriu onze nigerianos clandestinos presos ilegalmente em um navio de bandeira turca, que estava atracado no Porto de Paranaguá. Os homens estavam trancados em uma Câmara dentro da embarcação sem água e comida há sete dias.

Após a reportagem, os homens foram libertos e salvos da morte iminente. Em 2012, denunciou fraudes no Porto, que resultaram na queda do Superintendente. Em 2013 denunciou a Máfia da Merenda em Paranaguá. Em 2014, recebeu o principal prêmio do jornalismo paranaense com uma reportagem que revelou uma organização criminosa que se formou para roubar a indenização de mais de 6 mil pescadores após os acidentes ambientais causados pela explosão do navio Vicunã e rompimento do Poliduto Olapa.

A quadrilha enterrou os processos dos pescadores no quintal do Fórum e não repassou o valor aos pescadores. Após a matéria, foram presos 8 advogados, o juiz da Comarca e o povo caiçara pode receber o que era devido. Essas e outras matérias renderam ao jornalista Oswaldo Eustáquio por sete anos consecutivos, o Troféu Imprensa do Litoral do Paraná.

Entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, deixou a coordenação de jornalismo da TVCI e participou do governo de transição de Jair Bolsonaro. Ainda em 2019, Eustáquio foi o primeiro jornalista a denunciar os hackers da Vaza Jato. 14 dias após a reportagem, os hackers foram presos. Em 2020, denunciou a trama de um golpe contra Jair Bolsonaro em uma entrevista histórica com o ex-deputado federal Roberto Jefferson, com mais de 250 mil pessoas assistindo simultaneamente, a maior live política da história do Brasil. Em 26 de junho de 2020 foi preso de forma ilegal. Eustáquio é um dos únicos jornalistas censurados no mundo em um processo de instância única comandado pelo ministro Alexandre de Moraes.